Com produção totalmente independente, a Preto & Branco Color Band lançou recentemente seu primeiro EP, intitulado "Âmago"
Igor Mallmann
“O nome do EP é Âmago – que significa parte central de algo ou de alguém”, explica a vocalista da Preto & Branco Color Band, Jaqueline Adams. Com foco na música autoral, a banda de Nova Petrópolis/RS, originada em 2018, lançou recentemente seu primeiro EP. As canções do trabalho transportam o público a uma jornada de autoconhecimento e trazem uma mensagem de positividade.
“No começo, para a divulgação da banda, foi importante ter uns covers. Mas desde o início o propósito foi de termos nosso trabalho, de podermos passar nossa informação para a galera”, pondera Éverton Garcia (bateria e vocal), sobre o projeto autoral da Preto & Branco Color Band. O grupo nasceu em 2018 em forma de acústico, contando, além de Éverton e Jaqueline, com o atual baixista Thiago Koepsel. Com o passar do tempo, os músicos sentiram a necessidade de transformar o acústico em banda. Para isso, houve o acréscimo do guitarrista Michael Goldbeck.
Acreditar na essência
As seis músicas que integram o EP Âmago são composições da vocalista Jaqueline. Ela conta que escreve sobre coisas que sente ou que observa ao seu redor. “Quase sempre é quando estou sentindo algo mais forte, em um dia que estou mais feliz ou triste. Faço uns acordes e coloco para gravar; Aí saem algumas rimas e às vezes a música inteira”, relata.
Todo o processo de produção e gravação é feito pela própria banda. Éverton, inclusive, abriu um estúdio de gravação recentemente. Assim, a banda tem total controle sobre suas canções. “A maioria das músicas fala de a gente acreditar no que a gente é, o que gente pode ser ou fazer”, afirma a vocalista Jaqueline. Segundo ela, as músicas da banda trazem uma mensagem positiva, a qual - segundo os relatos de quem escuta – vem impactando de forma benéfica o público.
Desafios de ser independente
Para a Preto & Branco Color Band, a pandemia teve dois lados. Esse ano prometia muito para o grupo, que tinha uma boa agenda de shows. Por outro lado, permitiu que eles se dedicassem totalmente à conclusão do EP, sem a pressão da rotina de shows.
Conforme Éverton Garcia, a maior dificuldade para a banda é ser responsável por todo o trabalho, inclusive de divulgação, sem empresário ou gravadora. “O trabalho autoral é sempre mais complicado, em qualquer parte do país. Existe, ainda, uma resistência do pessoal ao trabalho autoral", argumenta o baterista.
Porém, a independência traz a originalidade às canções. Poder apresentar um trabalho com a cara da banda é o principal fator para o grupo. “A gente percebe que as pessoas observam a gente cantando e tocando de outra forma. Elas param para tentar captar a mensagem e a letra. Isso é muito legal. É um outro tipo de atenção que tu recebe com trabalho autoral", garante Jaqueline Adams.
Sem rótulos
Conforme os integrantes da Preto & Branco Color Band, o grupo não gosta de se ver preso em uma classificação de gênero muito fixa. O som que fazem passa por diferentes estilos, sendo que o repertório também pode variar conforme o lugar e ocasião. "A gente é bem variado. Eu diria que tem bastante de indie, folk, rock", explica o guitarrista Michael Goldbeck. Outro ponto que eles destacam é que cada integrante da banda traz influências e gostos musicais diferentes, tornando a sonoridade mais rica e variada.
Origem do nome
“O primeiro nome – Acústico Preto e Branco surgiu mais da minha insistência.”, conta o baixista Thiago. Desde 2014, uma parte dos integrantes da atual banda já tiveram outros projetos musicais juntos. Thiago sempre sugeria algo contento "preto e branco", mas os pedidos só foram atendidos com a formação do acústico em 2018. Posteriormente, quando o acústico virou banda, foi feita apenas a adaptação do nome, incluindo "color band", palavras em inglês que se referem a "cor" e "banda".
Acompanhe o trabalho da Preto & Branco Color Band e confira o EP Âmago:
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